sexta-feira, 8 de maio de 2009

Cavalaria!!

Continua a ofensiva revolucionária com crescente fervor. Em San Cristóbal e em Valência pudemos comprová-lo no dia 27 do corrente, em diversos eventos com os comandos regionais da campanha, com os comandos dos centros eleitorais, os chefes e as chefas de patrulhas e os porta-vozes dos comités pelo SIM, tanto das missões socialistas como das frentes e dos movimentos sociais.

Foram encontros verdadeiramente apaixonantes e de um grande teor pedagógico. Além disso serviram-me para constatar os avanços que estamos a obter nos primeiros dias desta 4ª fase em que a nossa campanha entrou, com múltiplas manobras de natureza divergente, orientada para diversos objectivos tácticos e estratégicos.

Nestas linhas de hoje, pouco antes de partir para Belém do Pará, no Norte do Brasil, para onde nos convidaram, tanto o companheiro presidente Lula da Silva como inumeráveis líderes dos mais diversos movimentos sociais do continente, para participar na edição de 2009 do Fórum Social Mundial, quis deixar algum material que pretende contribuir para o objectivo da máxima eficiência nesta operação ofensiva, que continua a evoluir para a grande batalha pelo SIM no referendo do próximo dia 15 de Fevereiro, no qual somos chamados a obter uma vitória memorável.

Em primeiro lugar, está claro que para concretizar o objectivo estratégico da grande vitória do SIM, precisamos materializar o voto popular, mobilizar as massas do povo e as mesas eleitorais no 15 de Fevereiro, procurando o nosso máximo feito histórico.

Agora bem, como consegui-lo? Trata-se então de precisar com exactidão os detalhes das operações tácticas, sendo fundamental neste ponto uma correcta organização para a batalha.

E é neste ponto que quero focar a lupa. Por isso, lanço as seguintes instruções operacionais:

1. Compatriotas, em cada centro eleitoral deve funcionar um comando, com o seu respectivo chefe ou chefa e uma estrutura mínima de comando, comunicações e controlo. E neste comando de centro eleitoral devem inscrever-se todas as unidades operativas que existam no sector.

2. A saber, devem funcionar sob o seu comando, uma patrulha logística e tantas patrulhas operativas quantas mesas existam no respectivo centro eleitoral. Cada uma destas patrulhas deve ter o seu chefe ou chefa, ou seja, um líder, cuja principal tarefa é organizar, treinar, coesionar, motivar e guiar a sua unidade no cumprimento da missão.

3. Contudo devo recordar-lhes agora mesmo o seguinte: a experiência demonstrou-nos que as patrulhas não são suficientes para a colossal tarefa de impulsionar a votação massiva do povo: os trabalhadores, os estudantes, os profissionais, os camponeses, os empresários, os pescadores, os soldados, os indígenas, homens e mulheres, milhões e milhões deles!!

4. Nesta campanha aconteceu, do nosso ponto de vista, algo verdadeiramente transcendente. Que as Missões e os Movimentos Sociais ultrapassaram as barreiras da sua mera dinâmica social interna para saírem agora e ocuparem o seu posto de batalha no mapa político: surgiram por todos os lados e com a força de um furacão, mais de cem mil comités pelo Sim!!

E a sua irrupção alegre, estrondosa e arrojada parece-me assemelhar-se àquelas memoráveis cargas da cavalaria patriótica sobre os flancos inimigos, que acabaram por quebrar as linhas de resistência e por provocar o colapso e a derrota realista no campo de batalha.

Ou as cargas de Maisanta, o último cavaleiro, em cuja lenda se inspirou Andrés Eloy Blanco, para escrever aqueles versos que são, na verdade, um galopar de centauros:

"Con un rumor de joropo
Viene llegando la carga,
Tendido en el paraulato
Un jinete la comanda,
Y cuando llega el enemigo
En los estribos se alza,
Tiene la melena rubia
Entre baya y alazana
Y un grito que es un machete
Con filo, punta y tarama
Y es Pedro Pérez Delgado
Que va gritando:
¡¡Maisanta!!

Ora bem, é muito importante que nem um só dos nossos comités esteja desconectado da maquinaria. Portanto, cada comité deve batalhar com muita eficiência em duas frentes. Uma, onde decorram as actividades próprias e naturais da Missão a que pertencem; digamos por exemplo, os missionários da Missão Ribas e Sucre, nos seus meios educativos, escolas, liceus e aldeias universitárias…

E o outro, actuando como unidade de apoio, como reforço das patrulhas, dos centros eleitorais.

Resumindo, cada patrulheiro, cada missionário, deve ter a sua lista de eleitores e eleitoras a serem localizados, contactados e trabalhados, para que se convertam em votantes pelo SIM no 15 de Fevereiro.

Isto é vital, camaradas!

Maisanta, cavalaria à carga, que são bastantes…!!!

SIM, pela Pátria!!

Hugo Chávez Frias
29 de Janeiro de 2009

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